• A Carteira Móvel da Vodacom Moçambique assegurou 49 mil milhões de Meticais em pagamentos ao Estado

A carteira digital moçambicana M-Pesa, líder de mercado no país, já arrecadou 49 mil milhões de meticais (710 milhões de euros) em pagamentos ao Estado, disse hoje o seu novo presidente.

'Desde que foi criada, a M-Pesa [que funciona a partir dos telemóveis] tem contribuído para o desenvolvimento económico do país, proporcionando às comunidades meios para gerir as suas finanças, aceder a soluções financeiras, melhorar as suas condições de vida e fortalecer cada vez mais a economia das famílias moçambicanas', disse o presidente do conselho de administração da carteira digital da maior operadora moçambicana de telecomunicações móveis, em Maputo, após a tomada de posse.

Salimo Abdula disse ainda que a M-Pesa, criada há 11 anos, teve a preocupação de levar os serviços financeiros de carteira móvel às zonas das "comunidades mais desfavorecidas, onde a banca convencional é difícil de chegar".

Assim, explicou, para além das receitas cobradas a favor do Estado, Salimo Abdula somou os 108 mil milhões de meticais (1.567 milhões de euros) de pagamentos via M-Pesa às empresas, tendo assim processado "mais de mil milhões [de milhões] de meticais [14.510 milhões de euros] em transacções".

"Temos uma carteira de mais de 10 milhões de assinantes e seis milhões activos há 30 dias, e uma rede de mais de 90.000 agentes (...). Eles percebem os empregos directos e indirectos que a Vodacom M-Pesa produz em território moçambicano, para os moçambicanos', salientou Salimo Abdula, que já dirigiu a própria Vodacom Moçambique e é o primeiro presidente do conselho de administração daquela carteira digital, órgão criado sob supervisão do banco central.

Moçambique conta atualmente com três Instituições de Moeda Eletrónica (IME), dos três operadores de telecomunicações móveis, que prestam serviços financeiros através do telemóvel, incluindo transferências de dinheiro entre clientes ou pagamento de serviços. Trata-se de uma solução que facilita e generaliza o acesso da população aos serviços financeiros, utilizando apenas o telemóvel e os agentes das IMEs na rua.

Abdula afirmou que pretende que a carteira móvel da Vodacom Moçambique contribua para a educação financeira dos moçambicanos, para que "a inclusão financeira nacional seja mais efectiva".

A Lusa noticiou anteriormente que, em 2023, os três IME bateram o recorde de 401.178.582 transferências - 338,5 milhões de operações em todo o ano de 2022 e 324,1 milhões em 2021 -, movimentando mais de 340,2 mil milhões de meticais (4.860 milhões de euros), segundo dados do Banco de Moçambique.

A carteira móvel mKesh, da operadora estatal Tmcel, foi a primeira criada em Moçambique, em 2012, seguindo-se a M-Pesa, da Vodacom, em 2013, e a e-Mola, da Movitel, no ano seguinte.

Fonte: 360º Mozambique